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terça-feira, 27 de junho de 2017

Nota: TRISTE REALIZADE, MUSEU DA AVIÇÃO FECHADO!!

Amigos Leitores é com muito dor no coração que venho nesta informar mais um desastre na cultura Brasileira, o fechamento do MUSEU DA AVIÇÂO DE SÃO CARLOS., como segue nota abaixo;

Ps.: O Brasil, perde, brasileiros perdem o mundo perde!!

Materia publicada pelo G1 em 03/03/2017



Fechado há 1 ano, Museu da TAM guarda mais de 100 aviões históricos

Aeronaves estão em São Carlos, sob os cuidados de voluntários. Presidente do espaço afirma que pretende levar acervo para São Paulo e criar parque dedicado à aviação.

Museu da TAM está fechado há um ano em São Carlos (Foto: Rodrigo Zanette)

Fechado há pouco mais de 1 ano, o Museu da TAM ainda não tem data e nem local para reabrir. Enquanto as negociações  acontecem, as cerca de 120 aeronaves do acervo continuam no 
prédio de São Carlos (SP) em que eram expostas, sob os 
cuidados de voluntários apaixonados por aviação. 
“Sabemos que muitas pessoas ficaram decepcionadas, porém toda magia do museu será devolvida brevemente”, afirmou o presidente do museu, João Francisco Amaro.
A ideia, segundo ele, é encontrar uma área de 100.000 m² em São Paulo e instalar um parque dedicado à aviação, com o museu, feiras, shows aéreos, paraquedismo, cursos, lojas e restaurantes.
João Amaro afirma que plano é transferir o acervo para São Paulo (Foto: Rodrigo Zanette/G1)

Fechamento

O espaço foi inaugurado em 2006 e, em 2013, começou a enfrentar dificuldades para captar recursos federais destinados à cultura. O desequilíbrio nas contas levou ao fechamento do museu, o maior do mundo mantido por uma companhia aérea.
“Não tivemos outra opção senão fechar ao público o museu que havia se tornado a ‘Estrela da América do Sul’, como dizia um amigo da Colômbia. Sabemos que foi um choque para os amantes da aviação, porém era essa a realidade”, disse.
Ideia de João Amaro é transferir aeronaves do Museu da TAM para outro espaço (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
A decisão, para o professor Fernando Martini Catalano, foi uma pena. Integrante do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, ele ajudou a definir a área de instalação do museu e visitava o espaço com frequência.
“O fato de ele não estar mais aberto ao público é uma perda muito grande para todo mundo. A cidade perde, a região perde, o Brasil inteiro perde. Ali há vários aviões históricos, aviões que representam a indústria brasileira bem antes da Embraer, aviões que foram usados por nossa Força Aérea na Segunda Guerra Mundial. Era uma maneira das pessoas manterem a cultura aeronáutica bastante viva”, comentou.
Sobre a possível mudança para São Paulo, o professor afirmou que ela contribuirá para o aumento no número de visitantes, mas deu exemplos de museus instalados fora dos grandes centros e reforçou que nenhum espaço como esse sobrevive apenas com a venda de ingressos, é preciso haver subsídios.
“Outro museu do tipo no Brasil é o Museu da Força Aérea, no Rio de Janeiro, que também é longe do Rio. Tem que pegar um carro e ir embora”, disse. “Muitos museus de aviação na Inglaterra, por exemplo, não são em Londres. Pelo contrário, são bem longe de Londres”.
Acervo do Museu da TAM em São Carlos (Foto: Rodrigo Zanette)

Frutos

Amaro relatou que, ao longo dos anos, as doações e cessões de aviões superaram as expectativas e o acervo cresceu além do esperado, atraindo milhares de visitantes de todas as partes do mundo.
“Temos a certeza de que, durante o tempo em que o museu funcionou, fomos os responsáveis pela formação futura de inúmeros pilotos, comissários, mecânicos ou outros profissionais ligados à aviação”, disse.
Além de atrair profissionais para o setor, outro resultado da criação do espaço foi a instalação do Centro de Manutenção da TAM, hoje Latam MRO, em São Carlos.
“É uma história que pouca gente conhece”, adiantou Catalano. O professor e alguns amigos ficaram sabendo da intenção dos irmãos Amaro de criar um museu e fizeram um convite para que fossem visitar a área da antiga Companhia Brasileira de Tratores (CBT). O terreno integrava a massa falida da empresa e, por seu tamanho, permitiu a criação também do centro de manutenção. “Historicamente, o museu veio antes da MRO”.
Acervo do Museu da TAM em São Carlos (Foto: Rodrigo Zanette)

Futuro

“Recebemos propostas para levar o acervo para outras cidades, porém a nossa pretensão é mesmo montar em São Paulo, não só um museu, mas um grandioso parque de entretenimento voltado para a aviação”, afirmou Amaro.
Para isso, ele espera contar com o apoio dos governos estadual e municipal. “Encontrar uma área que possa abrigar esse projeto em São Paulo e que atenda seus requisitos não é fácil. Além do quê, seu custo evidentemente será altíssimo”, disse.
“O prefeito João Dória é muito simpático à causa porque sabe da sua importância para o turismo local e, sem dúvida, haverá de encontrar uma maneira de nos atender para que possamos construir um dos maiores museus do mundo”.
A Prefeitura de São Paulo foi questionada sobre os planos de instalação do museu, mas não se posicionou até a publicação desta reportagem.
Como sempre, nosso país cada vez mais pobra na cultura...que vergonha mas, realidade... Sou mais um dos Brasileiro indignados!!! 



terça-feira, 14 de março de 2017

ILHA SOLTEIRA/SP

Repleta de espécies nativas da fauna e da flora regional, Ilha Solteira ganhou o nome peculiar por estar separada de um arquipélago composto por cinco ilhas, sendo ela a mais afastada.
Duas praias formam a ilha. Uma delas é Catarina, procurada pelas famílias por oferecer boa infraestrutura, restaurantes e quadras poliesportivas. 
Já a praia da Marina é frequentada pelos praticantes de esportes aquáticos, como windsurf e jet-ski. Os bons serviços também se fazem presentes por ali. 
Para os pequenos, também há atrações longe do mar. No Centro de Conservação da Fauna Silvestre estão abrigadas espécies de animais ameaçados de extinção, como a onça-pintada e o jacaré-de-papo-amarelo. A ilha tem ainda uma Usina Hidrelétrica aberta à visitação - os tours guiados levam ao centro de controle e também às turbinas.
HIDRELETRICA

Distância de São Paulo
669 km - acesso pela SP-310




PRAIA CATARINA


 Amigos pelo que eu pesquisei sobre esta linda Ilha no interior paulistano, o resultado é só maravilhas.... Vale apena conhecer!!! Uma Ilha que vamos incluir em nosso roteiro de viagens ....

LOCAIS BIZARROS EM SÃO PAULO PARTE 04

imperdíveis na cidade de São Paulo


Parque da Luz

Parque da Luz: o primeiro jardim público da cidade! Pequeno, quase uma praça, ao lado da Pinacoteca, em frente à estação da luz de trem, pertinho da José Paulino.
Só de ficar caminhando e observando as pessoas e os animais por aqui já valeria a viagem. Do trabalho das prostitutas com mais de 60 anos à também veterana família de bichos-preguiça que vive nas redondezas desde o Século XIX, o Parque da Luz é um equipamento público cheio de curiosidades. Uma delas, destacamos aqui especialmente, é o Lago da Diana.
Em 1999 o parque passou por uma reforma e descobriram que debaixo do Lago da Diana havia túneis soterrados. Cavaram mais, tiraram a terra e encontraram um aquário para observação dos peixes do próprio lago. É muito interessante e hoje está aberto à população, mas poucos conhecem.
Particularidades do Parque da Luz, o Horto Botânico do Brasil Colônia, que fica em frente à estação da luz de trem e metrô.
Serviço: Praça da Luz, s/n
Parque Minhocão

Minhocão. Polêmico Minhocão. Um presente de grego da ditadura militar para a cidade de São Paulo. De solução para a mobilidade urbana o Elevado se transformou rapidamente em um enorme problema pra quem vive ali. Fuligem, barulho sem fim, acidentes, buzinaços.
Mas como a cidade muitas vezes se une para tirar leite de pedra, ou melhor, leite de concreto, o Minhocão aos poucos foi se transformando em um espaço para as pessoas, um verdadeiro parque suspenso.
Todos os dias à noite, domingos e feriados o dia todo, são milhares de famílias, crianças, ciclistas, corredores,curtindo a cidade e subvertendo uma estrutura antes pensada apenas para os carros. Um verdadeiro Parque Minhocão!
Serviço: Elevado Costa e Silva (Minhocão). Todos os dias, das 21h30 às 6h. Domingos e feriados o dia todo.
Pracinha da Oscar Freire

Uma rampa de estacionamento transformada em PRAÇA. Um espaço individual, em COLETIVO. Um espaço fechado, em ABERTO.
Para quem estiver de passagem pela Rua Oscar Freire, recomendamos descobrir a Pracinha, inaugurada em Maio desse ano. Uma iniciativa do setor privado com a sociedade civil.
Um respiro para o convívio e interação entre as pessoas, a Pracinha conta com Wi-fi gratuito pra quem quiser trabalhar; bancos e cadeiras, atividades lúdicas e até shows ao vivo!
Serviço: Rua Oscar Freire, entre a Rua da Consolação e a Rua Melo Alves.

Relógio Primor

Essa dica é pra quem mora, trabalha ou passa pelo Jardim Paulista... Caminhando, é claro!
Quando estiver na Alameda Jaú, entre a rua Padre João Manuel e a Augusta, pare por um minuto no número 1477, atravesse a rua e olhe entre os prédios.
Mas olha pra cima! Não vai levar um segundo pra você avistar um relógio que fica na cobertura do Edifício Salvador Pastore, nome de um dos maiores relojoeiros da história de São Paulo.
De Design modernista, esse relógio, que é um Primor, foi inaugurado em 1958. E com o passar do tempo restou apenas uma frestinha entre os prédios para conseguir enxergá-lo. É quase como uma ultima badalada antes das construtoras engolirem nossa história.
São Paulo tem dezenas de pontos de observação de aves. Está na hora de criarmos também os pontos de observação de relógios históricos, afinal, está cada dia mais difícil encontrá-los na selva. Os pássaros ainda cantam, mas nossos relógios já não fazem mais tic-tac.
Serviço: Relógio Primor. Alameda Jaú (entre os prédios), altura do nº 1477.
Rua Augusta

Entrei na Rua Augusta a 120 por hora. 
(Nãããão!)
Vamos recomeçar: 
Entrei na Rua Augusta a 6 km por hora.
Agora sim!
A música de Ronnie Cord retrata a mudança cultural e urbanística que a Rua Augusta sofreu no início da década de 60: a retirada dos bondes para dar espaço aos carros e a consolidação de um point efervescente para a juventude paulistana.
Mas vamos rebobinar a fita uns 10 anos... e bora lá pra Rua Augusta do comecinho de 1950, nos tempos dos casarões, do bondinho elétrico e da garoa constante. Vamos caminhando!
Na esquina da Rua Colômbia com a Estados Unidos, em frente ao Clube Paulistano, tem uma pracinha em formato estranho de arco. Já repararam? Ali era justamente onde os bondinhos davam a volta pra subir a Augusta em direção ao centro. Está preservada até hoje.
Vamos caminhando pela Augusta sentido centro, na calçada do lado esquerdo. Sapatos já estão meio gastos, então vamos parar no número 2634 pra comprar um tênis e perguntar o que os paulistanos costumavam calçar em 1953, quando a Casa Tody foi inaugurada.
Cheia de caixinhas de sapato até o teto e com uma linda escada em caracol, toda de madeira, a Casa Tody é uma verdadeira sobrevivente da história de SP em meio à truculência das modernidades.
E vamos subindo, atravessamos a Paulista e agora desceremos caminhando sentido centro, até a esquina da Augusta com a Rua Dona Antonia de Queiroz. Uma parada no nº 724, uma pequeníssima loja chamada PLAS, com fachada de madeira.
Vitrine com dezenas de chapéus, coletes e peças de alta costura anuncia a moda no ano de 1954, quando o alfaiate francês Maurice Plas aqui abriu sua loja, na promissora Rua Augusta. Boinas de todas as cores e formatos, femininas e masculinas, paletós e coletes, tanto o interior quanto o exterior da loja se mantiveram intactos durante esses mais de 45 anos.
E já com 85 anos, Maurice Plas conta detalhes de como era a Rua Augusta desde a década de 50. Possui um rico acervo de fotos e jornais da época, além de ser uma figura deliciosa para papear e arranhar o francês com clientes e transeuntes.
E aqui termina nossa caminhada pelos idos anos 50 na Rua Augusta... em pleno Século 21!
Serviço: Rua Augusta, em toda sua extensão.

Salão dos Arcos do Teatro Municipal

Já repararam que existem dois túneis fechados com grades, ali na Praça Ramos de Azevedo, na parte alta do Vale do Anhangabaú, em direção ao Teatro Municipal?
Escuros, parecem uns depósitos de lixo, mas eles são, na verdade, acessos diretos para a sala de espetáculo do próprio Teatro.
São 32 metros de túneis que acessam o belíssimo Salão dos Arcos, que estava soterrado e foi redescoberto na reforma de 1986. Há ainda um terceiro túnel, que ligava o Hotel Esplanada, hoje sede da Votoratim, que é um verdadeiro mistério arqueológico, pois ele nunca foi descoberto!
Infelizmente tanto os túneis quanto o Salão dos Arcos estão fechados para os paulistanos. Apenas funcionários têm acesso. Então lanço aqui uma provocação à Secretaria Municipal de Cultura: por que não abrir os túneis e o Salão dos Arcos para as pessoas?
A Prefeitura lançou há pouco tempo o Projeto Centro Aberto. Que tal lançarmos o Projeto Salão dos Arcos Aberto?
Serviço: Teatro Municipal. Praça Ramos de Azevedo, s/n.

Memórias da Semana de Arte Moderna de 1922

Imagina assim: é meia-noite em SP. E você está de cartola e paletó esperando passar o bonde. Ainda com o vagão em movimento você pula para dentro e vê que o bonde está lotado.
Na primeira fileira está Oswald de Andrade discutindo com a Pagú... Olhando pela janela, introspectivo, está Monteiro Lobato. Eufóricos e sentados lá no fundão do bonde estão Di Cavalcanti e Villa-Lobos.
Faz 92 anos que São Paulo foi palco do evento que mudou completamente os rumos da arte no país: a semana de arte moderna de 1922.
Por todo centro e pelos calçadões há memórias preservadas dessa época tão rica.
Na Rua Benjamin Constant, número 122, pertinho do Metrô Sé, está o edifício onde viveu o poeta Álvares de Azevedo, hoje preservado com o seu nome. Na mesma rua, esquina com a Praça da Sé, é o local onde funcionou a editora de Monteiro Lobato, hoje sede da Editora UNESP.
Um pouco mais à frente, na Rua Libero Badaró, número 67, no 2ª andar, Oswald de Andrade alugou e sediou uma garçonière, local de encontro dos intelectuais da época e parada final do nosso bonde antropofágico.
Serviço: Centro de São Paulo. Várias ruas.

Brás

Somos todos filhos de nordestinos, italianos, gaúchos, japoneses. Caminhar por São Paulo é uma experiência cosmopolita e ao mesmo tempo muito brasileira.
O Brás talvez seja a síntese deste sentimento. Por aqui passaram ou ficaram milhões de imigrantes, trabalhadores da economia cafeeira ou das lavouras no interior. O caminho que vai da estação Brás do metrô até o Museu da Imigração é cheio de particularidades da nossa história.
Na Rua Domingos Paiva com a Visconde de Parnaíba, aos finais de semana e feriados, sabia que existe uma Maria Fumaça que te leva até a Mooca, meu?!
Para cruzar os trilhos da CPTM, em direção ao Museu da Imigração, você é obrigado a passar por uma linda e mal conservada passarela de ferro: patrimônio histórico de SP!
Aliás, só essa passarela importada da Inglaterra no Século XIX já vale a caminhada!
E concluindo o roteirinho tem o museu da imigração, que surpreende pelo amplo jardim bem arejado, com bancos e árvores; pelo restauro arquitetônico da antiga Hospedaria; e pelo acervo da história de mais de 2 milhões de imigrantes que por aqui passaram a partir de 1887.
Serviço: Brás. Metrô e trem


edição fotografica e comentarios do post e de HUFFPOST BRASIL 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

LOCAIS BIZARROS EM SÃO PAULO PARTE 03.

locais inusitados, bizarros e imperdíveis na cidade de São Paulo


Cemitério da Consolação 


Paulistanos não têm o hábito de aproveitar os cemitérios como parques e áreas abertas, como nossos vizinhos porteños ou os parisienses o fazem. Mas o cemitério da consolação é realmente sensacional pela diversidade de obras que ali repousam.
São mais de 300 esculturas e mausoléus. No cemitério estão sepultados Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Militão Augusto de Azevedo, a família Matarazzo, a Marquesa de Santos, Monteiro Lobato e tantos outros personagens da história de São Paulo!
Caminhe pelas ruas e alamedas, sem medo. Curta os ipês amarelos, as quaresmeiras e figueiras, pitangueiras do cemitério. É lindo de morrer, quer dizer, de viver. De viver, por enquanto!
No meio de tantos atrativos, meu preferido é a Pietà, uma escultura impressionante de granito feita em 1923 pelo Victor Brecheret, nosso grande escultor modernista. Fica na Rua 35, terreno 1.
E pra quem ficou com vontade de conhecer, mas ainda acha muito tétrico transformar um cemitério em parque, a Prefeitura organiza visitas monitoradas todas as terças e sextas às 9h e às 14h. O guia é o Zé do Caixão.
Bem que poderia ser, né?
Serviço: Rua da Consolação, 1660

Centro Cultural de São Paulo 
Quem nunca tirou uma tarde de folga no Centro Cultural São Paulo, na Vergueiro, não sabe o que está perdendo!
Recomendamos caminhar descompromissadamente na área interna e depois parar pra ler um livro no telhado verde: uma verdadeira praça pública com bancos, gramados, plantas e até uma horta!
É muito comum cruzar com vários grupos de rodas de dança, jovens ensaiando passos de R&B e de street dance. Interessante ver como eles usam as vidraças como espelho, pra treinar os passos. Os mais agilizados têm até instrutor de dança.
Para quem se cansa rápido das músicas da Britney Spears, indicamos descer para conhecer a discoteca Oneyda Alvarenga, uma linda coleção de discos de 78 e 33 rotações. Uma verdadeira perdição para os amantes dos discos antigos...
Concluindo, aproveite o Centro Cultural e seus ambientes e depois pegue um livro para curtir o sol do final da tarde no telhado.
Serviço: Rua Vergueiro, 1000. De terça a sexta, das 10h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.
Edifício Martinelli


Ele foi o nosso Empire State Building, o maior arranha-céu do Brasil e da América Latina. Era para ter vinte andares e terminou com trinta!
Não, não é o Edifício Itália, tampouco o Edifício Altino Arantes, o Banespa. Estamos falando do Edifício Martinelli, uma agradável loucura do empresário italiano e megalomaníaco Giuseppe Martinelli, que começou sua construção em 1924 e terminou em 1929.
O Martinelli tem fachada neo-clássica e elementos art-déco, arabescos, espelhos na parte interna, elevadores suíços e uma das coberturas mais incríveis já feitas em São Paulo. Já foi hotel de luxo, já abrigou uma famosa boate, teve prostíbulos, cortiços, já pertenceu à família Martinelli, ao governo italiano e agora é um equipamento público municipal. Já foi capa de revistas da alta sociedade e do Notícias Populares, com direito a mistérios e assassinatos nunca solucionados. Enfim, uma zona que é também a cara de São Paulo.
A visitação à cobertura do Martinelli é aberta ao público e a entrada pela Avenida São João, quase esquina com a São Bento. Acesso somente à pé ou de bicicleta! O metrô mais próximo: Estação São Bento.
Serviço: Av. São João, 11. Visitação de segunda a sexta, das 9h30 às 11h e das 14h às 16h. Sábados, das 9h às 15h e domingo, das 9h às 13h.
A cripta da catedral da Sé
Para além do marco zero, na Praça da Sé, e da própria catedral, debaixo dos pezinhos de milhares de visitantes existe a cripta da catedral. Sabiam dessa?
Piso todo de mármore de Carrara, arcos de tijolo no teto, a cripta é uma espécie de capelinha de 600 metros quadrados que fica embaixo do altar principal da capela.
Lá existem 30 câmaras mortuárias, incluindo 15 corpos de bispos e o túmulo do cacique Tibiriçá, o Formigão da Terra. Quem aqui lembra um pouquinho das aulas de história na escola? O cacique Tibiriçá foi o primeiro índio catequizado pelo Padre José de Anchieta e teve papel decisivo na fundação da cidade de São Paulo. Uma história com particularidades que nem é tanto motivo de orgulho. Mas, enfim, é a nossa história, não é mesmo?
Voltando à cripta da catedral, essa é uma visita imperdível. Só se acessa a pé. Ah, não posso entrar de carro na cripta? Nãããão. Pra quem vem de bicicleta, tem o bicicletário do metrô Sé. As visitas à cripta acontecem de terça a domingo.
Serviço: Praça da Sé, s/n. De segunda a domingo, das 9h às 17h.
 Marsilac e a vista para o mar
Olha que coisa mais linda mais cheia de graça
é ela menina que vem e que passa, 
num doce balanço a caminho do mar".
A Garota de Ipanema agora é Garota de Parelheiros. Ela também está a caminho do mar, só que do Marsilac até Itanhaém.
Dali do Marsilac, distrito do extremo sul da cidade, é possível ver o mar. Sim, da cidade de São Paulo é possível ver o mar!
Do Marsilac até o mar, em linha reta, dá 10km. Até o centro de SP, em linha reta, dá 40km. Para vocês verem quão enorme e diversa é a nossa cidade!
Pra quem gosta de terra e lama há uma trilha que vai do Marsilac a Itanhaém pelo meio da Serra do Mar. Ela é pouco recomendada pela dificuldade e complexidade dos caminhos, mas continua sendo um belo desafio para mochileiros.
Pra quem só quer curtir o dia caminhando há dezenas de trilhas, cachoeiras, nascentes, pousadas ecológicas pra quem quiser esticar o final de semana e até uma cratera de meteorito de 35 milhões de anos.
A região é protegida pelas áreas de proteção ambiental Capivari-Monos e Bororé-Colônia e é um verdadeiro oasis de mata atlântica nativa na cidade
Os engraxates do centro

Em São Paulo anda-se muito. E anda-se depressa. E se o seu automóvel também é o seu pé, por que não cuidar dele com uma bela engraxada no sapato?
Eles são ótimos contadores de histórias. Alguns até arriscam seu próprio espetáculo de comédia. Tudo isto nos 15 minutos em que o cliente está ali, sentado, aguardando sapato voltar a ter brilho.
A tradição do engraxate existe desde o comecinho do Século XIX. Em São Paulo, ela acompanha o crescimento da cidade desde sempre. Nas estações de bonde e de trem, nas praças e nos calçadões do centro, pelas mãos e pelos paninhos dos engraxates passaram os pés de muitos daqueles que fizeram a história da nossa cidade.
Nos tempos do sapatênis, crocs, das "rasteirinhas" e do tênis de corrida, a profissão do engraxate parece que vai desaparecendo aos poucos.
Por que não retomar o hábito de parar por 15 minutos a caminhada insana, na Sé, na Praça Antonio Prado ou na Praça da República, e sair feliz dali com os sapatos bem cuidados e com a história preservada desta atividade tão bonita?

edição fotografica e comentarios do post e de HUFFPOST BRASIL